quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A grande verdade sobre as contrações de um parto!


Vcs não vao acreditar! Esse post estava pronto e lindo. Tinha levado quase 3 horas para escrevê-lo. Dei algum comando e perdi tudo no blogger! Vou tentar reescrevê-lo.

Eu imagino que vcs estão ansiosos para ver mais fotos do nosso pequeno, mas antes eu quero aproveita que a minha experiência de parto está fresquinha para dividir com vcs alguns detalhes. Não sou nenhuma especialista no assunto, por isso, não esperem o uso de termos adequados. Vou apenas relatar o que aconteceu e o meu sentimento sobre esse momento tão íntimo.

Essa foto foi tirada logo depois que eu escrevi o post sobre o rompimento da bolsa. Desliguei o computador e fiquei “rebolando” na bola de pilates na varanda do nosso quarto com uma vista deliciosa para a Sera da Tiririca. Fiquei concentrada nas contrações que apenas se iniciavam.

Na gravidez da Malu, eu comprei um caderninho para fazer anotações das rotinas das mamadas e de qualquer outro assunto que eu considerasse relevante. Na do João Pedro, não foi diferente. A questão é que comecei a usá-lo dessa vez para registrar as contrações. Na verdade, essa função ficou sob responsabilidade do Marco.

Como mencionei no post, a bolsa rompeu às 4h da manhã de sexta, mas as contrações só começaram por volta das 12h (meio dia). Inicialmente, sem muita regularidade e pouca intensidade. A contração é uma dor que vem e que passa. Quando passa, nem parece que ela aconteceu.

Normalmente, as contrações vêem acompanhadas de um leve cólica. Depois de 30 minutos, observei que as contrações começaram a ter uma certa regularidade, 5 em 5 minutos com duração de 30/35 segundos. Por volta de 1 hora, as contrações apareciam de 10 em 10 minutos ainda com a duração de 30/35 segundos. Para considerar que as contrações são regulares, vc precisa observá-las por, pelo menos, 2 horas. É possível ainda que sejam contrações falsas.

Depois de 2 horas, liguei para o Dr. Rodrigo e ele pediu que eu prestasse a atenção na intensidade. Já por volta das 4 horas, a intensidade havia aumentado e os intervalos estavam de 5 em 5 minutos com duração de 30/35 segundos. Estava armando uma tempestade e a minha mãe me ligava, a cada minuto, preocupadíssima. Ela já tinha falado com uns e outros e reforçava que eu era louca por esperar tanto tempo com a bolsa rompida. Eu falei que confiava no trabalho do Dr. Rodrigo, mas confesso que fui ficando ansiosa querendo saber sobre o estado do João Pedro. Afinal, a bolsa já havia rompido há 12 horas. Foi então, que o Dr. Rodrigo pediu que eu me dirigisse ao hospital que ele iria me examinar.

Por volta das 17h, colocamos tudo no carro e deixamos a Malu na casa do meu irmão Felipe para que ela pudesse brincar um pouquinho com a priminha Clara. Achamos mais conveniente que a Malu dormisse na minha sogra, já que toda a minha família estava envolvida com as eleições.

Chegamos ao hospital... Vcs não vão acreditar! As contrações sumiram! Que vergonha! O Dr. Rodrigo, sempre muito atencioso, reforçou que ele já imaginava que eu não tivesse, efetivamente, em trabalho de parto, pois eu é que havia ligado para ele e não o Marco. Isso significava que era apenas o início. Mas a ida ao hospital me tranqüilizou.

O Dr. Rodrigo ouviu o batimento cardíaco do João Pedro e estava tudo ótimo com ele. Me examinou tocando o João Pedro pela barriga... Como a bolsa havia rompido, é aconselhável não fazer “o toque” para não aumentar o risco de infecção a não ser que eu estivesse realmente em trabalho de parto. Que não era o caso. Mas ao apalpar a minha barriga... as contrações voltaram.

O Dr. Rodrigo solicitou ainda que alguns exames adicionais para detectarem o estado de saúde do João Pedro fossem realizados no hospital. Os resultados desses exames determinariam o próximo passo a tomar. Foram eles: hemograma completo, PCR (Proteína “C” Reativa) e ultra.

Enquanto aguardávamos os resultados, conversamos bastante sobre as possibilidades. O Dr. Rodrigo ainda comentou sobre um parto que havia durado 3 dias. Ai meu Deus! Eu precisava votar no meu irmão no domingo! De qualquer maneira, a decisão teria que ser baseada nos resultados dos exames.

Aparentemente, o hemograma não apresentava nenhum risco de infecção. PCR registrou 11, um pouco elevado, mas tb não caracterizava infecção. Na ultra, foram observadas bolsas de líquidos e o fluxo na artéria cerebral indicava a relação 59/52 (acho que era isso). Tudo indicava que nós poderíamos esperar um pouco mais. O Dr. Rodrigo estava confiante que eu entraria em trabalho de parto ainda durante a madrugada. Então, com os resultados nas mãos, resolvemos, juntamente com o Dr. Rodrigo, que eu voltaria para casa para aguardar as contrações reais de trabalho de parto. De qualquer maneira, combinamos que, caso o trabalho de parto não evoluísse, eu estaria no hospital por volta das 9h de sábado para repetir os exames.

Chegamos em casa, jantamos e logo as contrações aumentaram. Tentava usar todos os recursos de respiração, posição aprendidos com a Stephanie. E a dor ia aumentando. Até que por volta das 22 horas, a dor estava insuportável. Entrei no chuveiro com a bola de pilates para tentar aliviar a dor... Eu sabia que o Dr. Rodrigo não dava analgesia com pouca dilatação. Mas tinha como referência o parto induzido da Malu e eu achava que a dor que eu tinha sentido era por conta do hormônio “artificial”. Naquele momento, as dores com o hormônio “natural” superavam o que eu havia sentido nas contrações do parto da Malu. Eu imaginava que já estaria com uns 5 cm de dilatação.Pedi para o Marco ligar para o Dr. Rodrigo. E fomos para o hospital.

O caminho foi muito doloroso. Parecia que as contrações aconteciam a cada buraco que o carro passava...Chegando ao hospital, o Dr. Rodrigo, fez o exame do “toque” e... pasmem! Eu tinha apenas 1 cm de dilatação! Frustração total! Por mais que eu soubesse das teorias para suportar a dor... Na hora que a contração chegava, eu me retraia e a dilatação não evoluía.

O Dr. Rodrigo, como sempre muito carinhoso, sugeriu que eu continuasse no chuveiro e usasse a bola para tentar aliviar a dor e aumentar a dilatação. O Marco ali ao meu lado a cada contração... Mas eu estava exausta! Com sono da noite anterior mal dormida e não agüentava mais a dor. Foi aí que desisti e pedi que fosse feito a cesárea! O Dr. Rodrigo ainda me examinou antes da cirurgia, mas eu estava apenas com 1,5 cm de dilatação. Imagina se eu iria conseguir ficar mais sei lá quantas horas sentindo dor!? Definitivamente, eu não queria!Eu sei que existem médicos que aplicam analgesia logo no início das contrações, mas eu tb sabia, desde o início, que o Dr. Rodrigo só aplicaria se ele percebesse uma evolução que não atrapalharia o desenrolar do parto.

Existem mulheres e amigas que sentem dor na hora do parto, mas que relatam ter expelido os bebês. Eu, definitivamente, não era esse tipo de mulher. Foi aí que comecei a fazer vários questionamentos. Será que eu realmente queria parto normal/natural? Será que eu precisaria ter me preparado mais, fisicamente, com yoga e etc para que o trabalho de parto se desenvolvesse?

Entrei no centro cirúrgico certa de uma coisa: queria cesárea, sim! E o mais importante: por eu ter entrado em trabalho de parto, o João Pedro estava nascendo na hora dele. Os hormônios necessários estavam circulando entre ele e eu. E o nascimento ia ser humanizado! Como a Stephanie sempre diz: o parto é da mãe e o nascimento é do bebê! E o nascimento dele foi algo incrível! Não fiquem com raiva, mas será assunto para um outro post. Esse já está enorme!

Até que não foi tão difícil reproduzi-lo depois de ter perdido a primeira versão!

Espero ter contribuído com a minha experiência!

E vc? Conte para gente como foi a sua experiência de parto. Vc fez alguma preparação adicional? Foi cesárea ou normal? Foi natural ou teve alguma intervenção?

6 comentários:

Anônimo disse...

carol..adoro relatos de parto até pq estou me preparando para o meu..desde que engravidei tb estou nessa de querer parto norma/natural..mas tb estou aberta como vc..não sei como vai ser, se vou reagir bem a dor..se vou suportar..se o Tp vai evoluir bem...como é meu primeiro parto..tb não posso tomar a nalgesia muito cedo pois pode retardar o parto..fora que na família os bbs são gigantes..meu sobrinho nasceu com 5kg..impossível para mim!! Entao...
O que não adianta é a gente ficar e se..e se..vc se preparou como podia e nunca vamos saber..o importante é que o João chegou..bem lindo e achei parecido com vc!! um garnde bjo..parabéns pela vitória do Filipe...ele merece..estamos em boas mãos...
raquel cabreira
tetelcabreira@bol.com.br

Raquel disse...

Olá !
Acabei de encontrar teu blog !

Bem, tenho uma filha de 1 ano e 4 meses. Optei pelo parto humanizado, feito por enfermeiras e sem nenhum tipo de intervenção.
Inicialmente eu teria meu bebê na clínica onde tenho plano de saúde, mas desisti por um motivo, eu diria, revoltante. Apesar de ter 27 anos, sou bem pequena, frequentemente perguntam se tenho 18 anos. Tenho 1,54m e, na época que engarvidei, tinha 41 quilos. Fui a 3 obstretas diferentes e nenhum deles concordou que meu parto fosse normal, os 3 disseram que eu 'não aguentaria'. Não pensei 2 vezes em procurar uma casa de parto.
Durante a gestação fiz exercícios pélvicos, meditei e tinha convicção de que não sentiria dor, até porque minha mãe teve 4 partos normais e não sentia nada.
Muito confiante e tranquila, estava doida pra que Maria Flor nascesse logo.
Até que dia 18/05/2009, acordo à 1:42 da manhã com uma dor in-su-por-tá-vel !
Nunca, na vida, senti uma coisa daquelas, que me arrepiava toda.
Fomos pra casa de parto, fiquei na banheira, caminhei, mas nada fazia a dor passar e ela só piorava.
Por fim, às 9:01, Maria nasceu e eu poderia sair dançando pela sala, porque é incrível como a criança nasce e tudo passa. Infelizmente não tive ela na água como eu queria. A dor era tão forte que eu nem lembro do parto e me perguntaram se eu queria ir pra banheira, e eu disse não.
Eu fiquei bem traumatizada e jurava que não teria mais filhos, mas hoje já tô doida pra engravidar, mas Leonardo, o pai, não tá tão empolgado quanto eu, quer esperar mais 1 ano.

É isso, Ana.
essa é minha experiência !

Ah, tbm sou sagitariana !
:)

Beijão !

Anônimo disse...

Oi Carol! Meu nome é Anna Paula e tenho 2 filhos, um de 8 meses e outro de 4 anos, sendo que ambos nasceram de parto normal! Parabéns pelo nascimento! Vc fez o seu melhor e isso que importa! Eu, realmente, não devo ser parâmetro, pq ambos os partos duraram apenas 3 horas ! No primeiro a bolsa rompeu e depois de 30 minutos comecei a sentir cólicas, meu médico chegou no hospital e eu já estava com 9 cm, quase que ele nao faz meu parto! Tomei anestesia só com 9 cm!
No segundo parto, eu fui para o hospital sem a bolsa rompida, só com contração, pq meu médico ficou desesperado de eu ter em casa por conta da evolução r[apida! A bolsa rompeu lá e tomei anestesia com 6 cm! Mas pouco adiantou!
Sou baixa, 1.60 e magra (antes de engravidar 50 kg), ganehi poco peso nas 2 (uma ganhei 6 e na outra 9), fiz hidro somente (na segunda) e na primeira malhei bastante , até musculação fiz! Não sei se influencia.
Enfim, o que importa é a sáude de ambos, do bebê e da mãe! Parabéns!
annapc@tce.rj.gov.br

Priscila disse...

Carol,

Se fosse eu, ao primeiro sinal de bolsa rompida eu teria começado a gritar pra me levarem ao hospital. Você ainda teve muito sangue frio pra esperar as contrações, ir ao hospital, voltar pra casa... eu teria sucumbido à cesárea de cara. Os meus dois partos foram de cesárea e agendados. Sou muito nervosa, ansiosa e pouco resistente a dor. Comigo, parto normal, não ia rolar, rs.
Bjs.

Unknown disse...

Carol, que resistência a sua!
Não sei se você se lembra da minha estória, mas vamos lá: sempre tive medo de parto normal (não sei porque) e quando engravidei de cara optei pela cesária. Meu médico me deixou à vontade, mas me avisou que havia um pequeno risco se eu mudasse de idéia e decidisse pelo parto normal; o risco é o fator idade, eu estava com 38. Além disso, tinha mioma, o que também poderia ser um fator de risco. Mas eu sempre convicta do parto cesário, o que importava era eu estar tranquila na hora da Vitória nascer. Pensar em parto normal me deixava em pânico. Depois da última ultra o médico decidiu marcar o parto, pois o grau de maturidade da placenta estava alto. Pois bem, foi para dia 07/06às 08:00, não é que no dia 06/06 às 22:00 a bolsa rompeu??!! Que susto!! não esperava. Liguei para o médico e ele disse para eu ficar tranquila, poderíamos manter o horário do parto. Eu não aguentei e fui direto para o hospital. Fiquei com medo do processo acelerar....mas por volta de 11:00 comecei a sentir umas contraçoes fininhas....e foram se intensificando, até que na hora do parto (8:00) eu já estava sentindo dores fortes e percebi que seria terrível aguentar mais. Foi tudo rápido e à 08:08 Vitoria nasceu. Uma maravilha! Deu tudo certo e eu fiquei muiiiito feliz pela escolha.
Foi isso. Bjs

Martha disse...

Oi Carol.. to aki emocionada. incrivel sabia.. como as coisas acontecem.
Eu queria muito q Laís nascesse de parto normal, pq tinha algums traumas e relação a cirurgias e principalmente a recuperação. Escolhi um otimo obstetra que não tem fama de ser cesarista nem de ser "humanista", ele simplesmente faz o trabalho dele de acordo com cada quadro. Ele ñ era de frescuras e nem deixava eu ser.. rs
Todas as vezes que eu tentava conversar sobre o parto ele dizia que o mais importante no momento era o desenvolvimento da peuqena e que na hora certa saberiamos o q fazer.
Quando eu estava com 39 semanas, Laís ainda não tinha encaixado e eu ñ tinha nenhuma dilatação - a menina queria ficar ali mais tempo! Mas ele decidiu atraves da ultra que o melhor era marcar a cirurgia.
Mesmo eu contrariada, marcamos pro que seria o melhor dia para a licença do meu marido, segunda dia 11 a noite.
Só que Laís já era decidida desde a barriga. Então na madrugada de domingo para segunda entrei em trabalho de parto. Senti a primeira contração a 1 da madrugada, e mesmo sem nenhuma orientação (como ia fazer cesaria ñ me preocupei com a preparação para o parto) eu fiz muito das coisas que vc relatou. Relaxei, tomei banho, andei, estimulei as contrações. E as 7 da manha comecei a tentar falar com meu medico. Como eu sou meio chata, ñ gostoo de pertubar sem saber se é necessário, só ligava para o celular dele, então ele só me atendeu as 8h.
Então até arrumar tudo e subir a serra - pq Laís nasceu em petropolis - o parto começou quase 11h. E ela tbm ficou no peito até a hora que quis, o Ed levou ela ´para pesar e tudo mais.. e em uma hora ela já estava comigo... Linda Linda!!!
Sempre gosto de falar sobre isso. Ñ tenho nenhum trauma sobre o parto da minha pequena, nem por ter sido cesaria.`
É otimo compartilhar essas esperiencias. Obrigado por compartilhar a sua!
Bjs
e bjs nesse fofo do JP (como pode um RN já ter dobrinhas!? rsrsrs)